quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Espera.

- Se cuida... - Ela me abraçou, e então naquele instante eu percebi, que ela não poderia mais cuidar de mim.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Solo para dois.

Você tentou ser de outras pessoas.
Lembra dos momentos? Dos instantes?
Nesse momento, nesse instante eu preciso que você tente ser minha.
A montanha não afoga no mar.
A montanha é grande.
Nossa poesia fica mais bonita juntas, somos paisagem.
Não venha de passagem.
Seja.
Vamos ser imensidão juntas.
Queria poder por alguns segundos te dar meus olhos, pra você ver o que eu vejo.
Te dar meu coração, pra sentir o que eu sinto.
Eu não sou sua paz, quando chove nem sempre eu danço, eu sou um mundo, você é outro, e mundo são incapazes de se adentrar dentro do outro, mas eu quero tanto conhecer seu mundo.
Toma a minha boca, fala.
Toma os meus sentindos, age.
Eu estou aqui.
Você consegue sentir?
O amor está faminto.
O que você cultiva?
Medo ou coragem?
Você precisa alimentar o amor. E um desses alimentos é capaz de matá-lo.
A alma está faminta.
O que você cultiva?
Passado ou presente?
O futuro é capaz de não existir se alimentar a alma de forma errada.
A vida está faminta.
O que você cultiva?
Medo ou amor?
O medo existe, mas há de ter muito cuidado, porque ele faz a gente só existir também.
Eu estou faminta.
O que você cultiva?

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Peleja.

Me rendo hoje aos meus desejos,
me rendo ao interno
e o que me faz querer mais.
Me rendo ao me lado emocional,
e ao fato de que é impossível prever além dessa estrada que é a vida
Me rendo ao que faz meu coração vibrar
e ao que me causa mais medo.
Me rendo ao hoje
e ao que me causa mais medo.
O amanhã só vai me pertencer diante do hoje vivido, doído e sorrido.
Me rendo aos seus sorrisos, a sua carne, seus ossos, sua pele.
Me rendo aos meus sorrisos, minha carne, meus ossos, minha pele.
Me rendo aos segundos de sanidade.
Me rendo aos segundos de insanidade.
Me rendo a ser eu.
E ser, dói.
Uma dor, não de tristeza.
Porque nunca estive familiarizada com ela.
Conheci por tempos a tristeza, e desconheci tantas outras coisas.
Essa peleja interna, entre o ser e o estar.
Todas as sirenes são ligadas.
Eu quero a essência, não a superfície.
Dentro do mar há tantas coisas lindas,
nos sopros do vento há tantas coisas lindas,
nos castanhos das montanhas há tantas coisas lindas,
há, e há de ser.
É.
Me rendo as pelejas que estão sendo travadas
com a minha maior inimiga
eu.