terça-feira, 28 de maio de 2013

Depois do 8 II

Quem tem amor próprio
não morre do (des)amor alheio
mas é difícil
(des)amar o alheio
(des)armar o alheio
concluo que desde ontem
desde sempre
quase sem querer
essa minha mania de querer poetizar tudo
faz com que eu ache a tristeza bonita
está na hora de
(des)achar.

sábado, 25 de maio de 2013

Depois do 8.

E todas as noites eu vou querer te ligar.
E eu vou querer voltar.
E te chamar, te encontrar e me entregar.
Pra você, pequena.
E todos os dias, você ainda toma meus pensamentos.
E eu te espero.
Mas eu sei que você não vem, do mesmo jeito que eu não vou.
E saber e sentir tudo isso, dói.
A ausência dos seus olhos, doem.
A ausência do seu cheiro, dói.
A ausência das suas mãos, cortam.
A ausência do seu sorriso, do meu sorriso.
A ausência dos seus gestos, do meu eu em você.
A ausência de você no meu eu.
Tudo isso dói, e eu descobri o significado da perda.
E vai doer, e eu poderia voltar, segurar sua mão novamente.
Colar meu corpo ao seu, voltar com o eixo do mundo.
Mas não posso.
Porque se fossemos novamente, as dores seriam também.
E eu não suportaria perder você mais uma vez.
Não suportaria perder você mais uma vez.
Não suportaria perder você mais uma vez.
Não suportaria perder você mais uma vez.

Por isso que eu não volto, e acho que por isso que você não vem.