sexta-feira, 28 de junho de 2013

Passageiro.

Eu poderia citar todos os meus erros, fugas, insistências ruins.
Mas o meu pior erro, foi me apoiar em você.
Você simplesmente saiu, e eu cai de cara do chão.
E dói, doeu mais o fato de que meus braços num desespero de te encontrar
e me agarrar em você deixaram com que minha cara fosse direto para o chão,
faria sentindo se eu tivesse usado meus braços para me proteger do tombo,
mas a ultima coisa que eu queria, antes de cair, era um abraço seu, entende?
O céu fica tão distante quando o rosto está colado no chão.
Mas ao mesmo tempo, parecia seguro, não se cai se já está no chão.
Mas ao mesmo tempo, eu senti falta, falta de estar mais próxima do céu.
Escrevo hoje, para falar dos meus acertos, também, e o maior acerto, foi ter me levantado,
não sei onde é o meu lugar, mas não mais aí, apoiada em você, não mais apoiada no chão,
descobri canelas fortes, joelhos flexíveis, é claro que perco o equilibro vez em
quando, mas descobri também pés estáveis.
E assim, desse jeito, me acerto em passos.

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