segunda-feira, 28 de junho de 2010

Fim dos tempos..

O simples nunca foi suficiente para mim. Eu não quis estragar o simples para buscar o complexo, muito menos deixar algo de lado para buscar outra coisa.
Aconteceu e eu sorri, depois chorei, e por fim pirei, mentira, chorei de novo.
Me reergui e me perdi, te perdi, agora caminho, reto para ver se da certo.
Deixando o passado no passado, não é que eu esteja cansada de lutar, eu desisti. Não vale mais a pena, pra mim basta.
Parei pra respirar e cheguei nessa conclusão. Desgastei feito um freio de roda, que quando esta no toco, começa a fazer um barulho extremamente irritante, não vou ficar fazendo barulhos irritantes, no final da conta ou você troca a pastilha, ou ameaça a roda com arranhões.
Tudo passa o que resta é a essência, mas mesmo essa como Astréia uma hora desiste.
Vê a real, eu posso falar de tudo, ou sentir tudo, ficar nessa repetição inconstante e árdua, mas quando um filme já foi gravado, o final vai ser o mesmo, sempre.

terça-feira, 1 de junho de 2010

The Sun.

- Eu era apaixonada por você há tanto tempo e nem sabia,juro. – Diminui os passos.

- Você me assusta.

- E eu entendo esse medo, minha idéias são totalmente auto-destrutiva, quando eu compartilho o caminho é correr. – Agachei sentando no gramado verde, que tocavam apenas meus olhos tristes.

- Eu gosto do risco. – Ela sentou ao meu lado, me permiti sentir um calor que não vinha do sol.

- Não brinca comigo. – Arranquei alguns matinhos rasgando um por um.

- Você é louca, eu estou aqui totalmente disposta a tentar essa paixão mortal, e você nem sequer olha nos meus olhos.

- Sabe o que é? – Ela pegou meu queixo e alinhou nossas cabeças. – Eu tenho medo de não encontrar essa paixão que tenho por você em seus lindos olhos.

- Você é idiota. – Eu sorri. – Acha mesmo que eu destruiria uma amizade se não estivesse apaixonada? – Meu coração disparou ao universo.

Eu pisquei os olhos, talvez para sair de alguma transe, ter certeza de que não era um sonho, um delírio, ou afins, e em segundos seus lábios encaixavam nos meus como se aquela peça era a única que faltava pra tudo que havia em mim funcionar perfeitamente, seu cheiro preenchia meus pulmões e nossos corações batiam juntos ressoando a quilômetros de distancia.

- Você me assusta. – Disse ela novamente, eu me afastei um pouco. O silencio me massacrou. – Você me assusta porque meu sentir é grande eu não sei lidar com.

- Pega o outro remo, que estamos no mesmo barco. – Ela tocou minha mão entrelaçando seus dedos nos meus e meu puxou para o chão e deitou sua cabeça em meu peito.

- O sol ta diferente... – Falou baixo como alguém que deixa escapulir um pensamento fujão.

- É o ponto de vista, o sentir, agora você tem tudo em dobro. – Eu beijei sua cabeça e pude sentir sua respiração se transformar em sorriso, acho lindo quase inacreditável quando duas peças se encaixam.


Acho que já posso morrer... Fiquei ciente de que esse pensamento ficasse dentro de mim.