sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Praia.

A água batia nas canelas, estava gelada, os pés sentiam a areia molhada que se infiltravam entre os dedos.
O céu estava nublado, nada de raio de sol, nem do azul que da gosto de olhar.
Não tinha uma alma se quer naquela praia, que hoje não estava tão bonita.
Os cabelos louros voavam com o vento fazendo com que seus dentes batessem uns contras os outros.
Ela fechou os olhos, tentando pela última vez ouvir aquela voz que a matinha viva.
Mas essa voz já não estava presente, não em tom, nem e carne.
Suas lágrimas iam urgentemente de encontro ao mar.
Podia jurar ver um sorriso conforme a água subia no seu corpo.
Olhos fechados que não abririam mais, não por vontade própria.
O mundo girava e para ela não fazia mais diferença.
Ela se transformou em água.

3 comentários:

Luna disse...

ai que triste. =~~
mas linda a forma como ela se deixou ir.

bruniuhhh disse...

uma forma linda de uma momento triste.

Pierre. disse...

Não precisa ser assim...
Nem tudo, nem sempre... não precisa ser assim.
Nada é suficientemente insubstituível...(in)felizmente...
Nada, nem ninguém...
Leva tempos que variam, levam dores que ás vezes demoram séculos a cicatrizarem, mas ninguém é incurávelmente insubstituível.