domingo, 22 de agosto de 2010

Rodeios


O branco daquelas paredes agoniava até a minha alma, juro que se não fossem estofadas bateria minha cabeça até o rachar do crânio.
Meus braços atados mostravam as impossibilidades do próprio enforcamento.
As lágrimas quase alagaram aquela sala vazia e o barulho do meu inconstante coração me perturbava ainda mais.
Eu não sabia o motivos de estar ali, eu só havia perdido uma parte da minha existência.
O silêncio matou meu cérebro quando perdi as palavras.
Lá não chovia nem fazia sol, quase me fazendo sentir a rotação da terra.
Me arrependo, pois os cortes que havia em meus pulsos poderiam ter sido bem maiores.

Um comentário:

Pierre. disse...

eu não sei como eu você faz textos auto-biográficos...
eu não sei se como eu, você raramente escreve histórias...
eu não se como eu, você usa seu blog como escape...
eu só sei que independente de mim ou de você, você precisa desabafar...
e mesmo eu estando longe, ausente e correndo no mundo...eu estou aqui...
mesmo que todos sumam, comigo você pode contar pra te auxiliar e ouvir...

eu não vou jogar lenha, nem álcool, vou te jogar uma corda...bem grande e resistente...pra você sair desse buraco em que você se enfiou.
patty, eu to aqui.